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Minimalismo e Maximalismo na Arquitetura
Em um mundo em que a busca pela sustentabilidade se faz necessária para o futuro do planeta, o minimalismo se impôs como a grande tendência dos últimos anos em diversas áreas – da arquitetura ao design –, se transformando em um estilo de vida ligado ao consumo consciente, em que se busca viver apenas com o essencial e se renuncia ao que é supérfluo e desnecessário.
Por Baggio Schiavon | Dia 01/03/2024
Sintetizado na frase “menos é mais”, proferida pelo arquiteto alemão Mies van der Rohe, um dos maiores expoentes deste movimento no século 20, o minimalismo busca a utilidade e a funcionalidade de cada objeto, fazendo com que os elementos presentes em uma pintura, obra ou móvel tenham sempre um propósito específico
Na arquitetura, o conceito é representado pela simplicidade das linhas e traços, visual limpo, cores neutras, texturas e acabamentos naturais, paredes limpas e grandes espaços livres. Os elementos puramente decorativos são pouco ou nada utilizados, o que não significa uma construção desinteressante ou sem vida. Elegantes e cheias de personalidade, as edificações minimalistas são multifuncionais e têm um design diferenciado.
Em contraponto ao minimalismo, uma tendência oposta vem ressurgindo desde o início da década de 2020, impulsionada pela busca de identidade e individualização da Geração Z: o ousado maximalismo. Baseado no excesso, no exagero e no supérfluo, o conceito apresenta uma mistura extravagante de cores, estilos, texturas e formas, formando composições inesperadas e espaços altamente rebuscados. Na arquitetura, um dos maiores expoentes deste movimento é o arquiteto americano pós-modernista Robert Venturi, ganhador do Prêmio Pritzker de 1991. Crítico ferrenho do minimalismo e das construções sem qualquer ornamento, ele resumiu o maximalismo em sua célebre frase “menos é chato”, descrita em um livro que ele escreveu em 1966.
Projeto Tours Duo em Paris, por: Philippe Starck
No maximalismo, a sobrecarga visual e as regras arquitetônicas não são uma preocupação. Pelo contrário, a imprecisão, a pluralidade e a espontaneidade são incentivadas, buscando a valorização da liberdade criativa e as combinações personalizadas, inesperadas e únicas. Com isso, o maximalismo estimula a mistura entre o tradicional e o moderno, o sofisticado e o simples, e agrega diversas culturas de forma harmônica em suas composições. Elementos bonitos, mas nem sempre com uma função específica, fazem parte das construções maximalistas.
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